Por que medir neurotransmissores na urina é mais confiável do que “suposições clínicas”?
- André Virtos
- Nov 28
- 5 min read
No consultório, a leitura subjetiva de sintomas — ansiedade, fadiga, compulsão, irritabilidade, desatenção, hipersensibilidade, baixa motivação — frequentemente leva a diagnósticos imprecisos. Isso ocorre porque nenhum sintoma é exclusivo de um neurotransmissor. A mente humana é multifatorial, e a fisiologia do estresse é multidimensional.
O NeuroStress® foi desenvolvido exatamente para corrigir essa lacuna: ele permite avaliar, de forma objetiva e integrada, os sete principais neurotransmissores funcionais do eixo cérebro–adrenal.
Enquanto a clínica isolada tenta adivinhar, a mensuração funcional revela o padrão real.
Por que sintomas não substituem dosar neurotransmissores?
subjetivos,
multicausais,
influenciados por ambiente, sono, microbiota, hormônios e estresse,
compartilhados por diferentes neurotransmissores.
Exemplo clássico: ansiedade pode ser adrenérgica, glutamatérgica, serotoninérgica ou por deficiência de GABA. Só biomarcador diferencia.
Medir não é luxo — é reduzir erro.
O que o NeuroStress® realmente mede? (e por que isso importa)
Dopamina – motivação, prazer dirigido e performance cognitiva
Baixa dopamina → lentificação, falta de motivação, procrastinação, baixa recompensa. Alta dopamina → hiperfoco ansioso, impulsividade, irritabilidade sob carga.
É crucial em:
TDAH funcional
compulsões
queda de performance cognitiva
fadiga central
Noradrenalina – vigilância, foco e resposta ao estresse
Alta → hiperalerta, taquicardia, insônia inicial, irritabilidade. Baixa → apatia, baixa responsividade, dificuldade de iniciar tarefas.
Mostra o tom simpático de base.
Adrenalina – descarga aguda, estresse pontual e sobrecarga emocional
Alta → picos de ansiedade, sudorese, tremor, despertares noturnos. Baixa → exaustão, incapacidade de reagir.
Indica “modo ataque ou fuga ativo”.
Serotonina – regulação emocional, sono e modulação intestinal
Baixa → ansiedade antecipatória, ruminativa, compulsão alimentar, insônia. Alta → lentificação, apatia emocional.
Relevante em humor, apetite, motilidade intestinal.
GABA – inibição cortical e desligamento fisiológico
Baixo GABA → tensão muscular, mente acelerada, incapacidade de relaxar. Alto → sonolência, apatia.
É o principal indicador de capacidade de desaceleração.
Glutamato – excitação, aprendizagem e plasticidade sináptica
Alto → irritabilidade, hiperexcitabilidade, cefaleia, agitação interna. Baixo → lentidão cognitiva.
Equilíbrio GABA–Glutamato é mais importante que valores isolados.
Histamina – vigília, reatividade e alergia neuromediada
Alta → insônia, sonhos vívidos, irritabilidade, reatividade alimentar. Baixa → apatia, baixa motivação e queda do drive desperto.
Conecta neuroquímica com intolerância histamínica e mucosa intestinal.
O valor do NeuroStress® está na interpretação conjunta (nunca isolada)
O Manual do Prescritor é claro: nenhum neurotransmissor deve ser interpretado sozinho.
Exemplos clínicos:
✔ Ansiedade
Adrenalina alta + GABA baixo: ansiedade de hiperalerta
Glutamato alto: ansiedade irritativa
Serotonina baixa: ansiedade ruminativa
Histamina alta: ansiedade com insônia e sensibilidade alimentar
Sem mensurar, tudo parece igual. Com NeuroStress®, o mecanismo fica evidente.
✔ Fadiga
Dopamina baixa: fadiga motivacional
GABA baixo + adrenalina alta: fadiga por hiperexcitação
Serotonina baixa: fadiga emocional
Histamina baixa: fadiga por baixa vigília
Noradrenalina baixa: fadiga autonômica
Cada uma demanda abordagem totalmente distinta.
✔ Insônia
Histamina elevada: vigília sustentada
Adrenalina alta: despertares abruptos
GABA baixo: dificuldade de desligar
Serotonina baixa: prejuízo na conversão para melatonina
A clínica não distingue isso — os biomarcadores distinguem.
Por que medir pela urina é funcional e clinicamente válido?
A urina reflete o tônus autonômico e a resposta do eixo simpático-parassimpático.
É reprodutível e ideal para avaliação longitudinal.
Mostra o impacto real do estresse, sono, rotina e microbiota na neuroquímica.
Evita especulação; mostra tendência fisiológica.
O interesse não é a concentração sináptica, mas o padrão funcional sistêmico, mais útil para decisões clínicas.
As três vantagens clínicas mais importantes do NeuroStress®
1. Precisão na causa do sintoma
Dois pacientes ansiosos podem ter padrões absolutamente diferentes — e portanto intervenções diferentes.
2. Condutas assertivas e dirigidas
Sem tentativa–erro. O tratamento respeita a fisiologia do paciente.
3. Evolução clara e mensurável
Repetição do exame revela:
melhora,
estagnação,
piora— permitindo ajustes clínicos finos.
Conclusão: medir é ciência; supor é risco clínico
O NeuroStress® eleva o padrão da prática clínica ao oferecer uma leitura integrada dos sete principais neurotransmissores — algo impossível de obter apenas pela observação de sintomas.
Ele revela:
padrões funcionais
mecanismos subjacentes
origem da ansiedade, fadiga, compulsão, hiperalerta ou lentificação
impacto do estresse no cérebro
a real fisiologia emocional do paciente
Na LabRx®, o conceito é simples: a mente é complexa demais para ser avaliada por intuição. NeuroStress® transforma essa complexidade em dados clínicos objetivos.
Baixe gratuitamente e descubra como transformar dados em diagnóstico funcional.
O Manual do Prescritor LabRx® é um guia técnico e clínico desenvolvido para profissionais de saúde que utilizam os painéis funcionais da LabRx®.
Com linguagem objetiva e base científica sólida, o material explica a interpretação dos biomarcadores, a lógica das faixas clínicas e a integração entre eixos — intestino, cérebro, hormônios e metabolismo.
É um instrumento de raciocínio clínico, que conecta cada resultado laboratorial à prática funcional e à tomada de decisão no consultório.
Referências
LABRX®. Manual do Prescritor – LabRx®. 1. ed. São Paulo: LabRx Medicina Laboratorial Funcional, 2025.
VIRTOS, André; SUGIYAMA, Mitiko; VIRTOS, Odair. NeuroStress® – Monitoramento de Neurotransmissores e Saúde Mental Integrativa. São Paulo: LabRx®, 2025.
BLOOMFIELD, J. et al. Human neuroimaging studies of serotonin function: relevance to clinical disorders. Journal of Psychopharmacology, v. 33, n. 5, p. 565–588, 2019.
BRANDT, L. J.; DE SILVA, P.; MCEWEN, B. S. Neurobiology of stress and central neurotransmitters. Stress, v. 20, n. 2, p. 89–99, 2017.
COZOLINO, L. The Neuroscience of Psychotherapy: Healing the Social Brain. 3. ed. New York: W. W. Norton, 2017.
CURTIS, A. L.; VALENTINO, R. J. Noradrenergic and dopaminergic modulation of cognitive and emotional processes. Frontiers in Behavioral Neuroscience, v. 6, p. 1–14, 2012.
FELGER, J. C.; TUCKER, M. A. Dopamine, inflammation and fatigue in major depression. Brain, Behavior, and Immunity, v. 88, p. 25–34, 2020.
FOGACA, M. V.; DINIZ, C. R.; REGO, M. G.; DUNN, J. Serotonin and GABA in anxiety and mood regulation. Molecular Psychiatry, v. 27, p. 404–418, 2022.
KIM, Y. K.; NA, K. S. Glutamate in the pathophysiology of depression and anxiety. Psychiatry Investigation, v. 24, n. 2, p. 89–99, 2021.
MAZZONE, S. B.; ANDERSON, A. E. Histamine and the neural circuits of arousal and stress. Brain Research, v. 1709, p. 1–9, 2019.
MILLER, A. H.; RAISON, C. L. The role of inflammation, neurotransmitters and stress pathways. Nature Reviews Immunology, v. 16, n. 1, p. 22–34, 2016.
MONTELLO, M.; ELLIS, T.; PARKER, K. Monoamine dynamics in stress and emotion regulation. Annual Review of Neuroscience, v. 44, p. 321–350, 2021.
POMARA, C.; ARMENTI, A.; SALOMONE, A. Biomarkers of catecholamine activity in mental stress. International Journal of Molecular Sciences, v. 22, n. 11, p. 6072, 2021.
STUBBS, B. et al. Neurotransmitters and mental health: an updated review with clinical correlates. Journal of Affective Disorders, v. 311, p. 50–65, 2022.



Comments