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Quinurenina e Saúde Mental no Trabalho: Um Aliado na Prevenção de Riscos Psicossociais

O DBS® Saúde Mental, da LabRX, é um exame laboratorial que dosa os níveis de quinurenina, um marcador biológico altamente sensível ao estresse crônico. Essa abordagem inovadora permite identificar riscos psicossociais no ambiente de trabalho, alinhando-se de forma direta com as exigências da NR-1, que determina a gestão de riscos ocupacionais com base em evidências objetivas.


A ciência demonstra que, antes mesmo dos sintomas clínicos se instalarem, o corpo já mostra sinais de sobrecarga — e a quinurenina é uma das principais substâncias que refletem esse desequilíbrio.


O esgotamento emocional, também conhecido como burnout, ansiedade e os quadros de depressão relacionados ao trabalho são algumas das manifestações mais graves dos riscos psicossociais presentes no dia a dia corporativo. Ambas as condições são frequentemente silenciosas no início, mas causam grande impacto no desempenho, absenteísmo e clima organizacional.


Quinurenina: O Que Revela Sobre o Colaborador

A quinurenina é um metabólito do triptofano, produzido em resposta a estímulos inflamatórios e situações de estresse prolongado. Quando elevada, ela indica que o corpo está respondendo de forma intensa a sobrecargas emocionais ou ambientais — o que pode preceder manifestações clínicas de burnout, esgotamento, transtornos de ansiedade ou depressão.


Evidências Científicas no Contexto Ocupacional

  • Risco elevado de depressão e ansiedade em situações de estresse crônico: A quinurenina se eleva como resposta à exposição prolongada a estressores, que frequentemente antecedem episódios depressivos. Em pacientes com primeiro episódio de depressão, foi observado que níveis mais altos de quinurenina estavam associados a alterações funcionais em redes neurais ligadas à regulação emocional — mesmo sem o uso de medicamentos, sugerindo um papel fisiológico primário do marcador (Okamoto et al., 2020).


    Quinurenina e Saúde Mental no Trabalho: Um Aliado na Prevenção de Riscos Psicossociais

  • Disfunções emocionais ligadas ao burnout: Ainda que o termo “burnout” não apareça diretamente nos estudos, pesquisas com indivíduos expostos a estressores intensos e duradouros — como trabalhadores em ambientes de alta pressão — revelam que a quinurenina se altera significativamente nesses contextos. Isso indica que o exame é capaz de detectar o impacto biológico da exaustão emocional antes da perda funcional (Chiappelli et al., 2014).

  • A neurotoxicidade silenciosa do estresse: Estudos demonstram que o aumento da quinurenina em pacientes submetidos a fatores traumáticos e emocionais de longo prazo está associado a uma predisposição maior à neurotoxicidade e à queda da resiliência emocional, condições que favorecem o desenvolvimento tanto da depressão quanto da síndrome de burnout (Shovestul et al., 2017), (Jang et al., 2022).

  • Estresse ocupacional e hiper-reatividade emocional: Em estudo com adultos expostos ao estresse social crônico, foi identificado que o aumento de quinurenina no sangue e no cérebro estava diretamente associado à intensificação de respostas emocionais negativas e à disfunção comportamental — características também observadas em quadros de exaustão ocupacional (Fuertig et al., 2016).

  • Resposta ao estresse psicológico em ambiente controlado: Um teste de estresse induzido em laboratório demonstrou que indivíduos com menor tolerância ao estresse apresentaram elevações significativas de quinurenina , diretamente relacionadas à severidade dos sintomas psiquiátricos. Essa resposta é um indicativo claro da vulnerabilidade emocional frente a demandas intensas, como as presentes no ambiente corporativo (Chiappelli et al., 2014).

  • Consequências do estresse e trauma emocional acumulado: Pacientes com histórico de trauma e estresse percebido crônico mostraram níveis aumentados de quinurenina, sugerindo que o acúmulo de fatores psicossociais pode ser detectado objetivamente, antes mesmo da instalação de sintomas graves (Shovestul et al., 2017).

  • Alterações comportamentais ligadas ao ambiente competitivo: Adultos jovens com distúrbios comportamentais relacionados ao desempenho, como vício em jogos e uso abusivo de álcool — frequentemente associados ao estresse laboral e à pressão por produtividade — apresentaram níveis de quinurenina elevados. Esses achados sugerem que estímulos ambientais intensos e contínuos podem ativar de forma prejudicial essa via metabólica (Jang et al., 2022).

  • Estresse emocional e desempenho cognitivo: Em indivíduos com ansiedade relacionada ao ambiente social, como reuniões, avaliações ou exposições públicas, a quinurenina esteve associada a déficits de memória e atenção, impactando diretamente o desempenho no trabalho (Quagliato et al., 2019).


Quinurenina como Ferramenta de Prevenção na NR-1

A NR-1 exige que empresas adotem medidas concretas para avaliação e mitigação de riscos psicossociais. O DBS® Saúde Mental permite transformar risco invisível em dado mensurável, oferecendo embasamento para ações preventivas no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), além de fortalecer políticas de saúde mental organizacional.


Conclusão

A dosagem de quinurenina é mais do que um marcador laboratorial — é um recurso estratégico para empresas que desejam promover um ambiente psicologicamente saudável, agir preventivamente e cumprir as exigências legais com embasamento técnico-científico.


CHIAPPELLI, Joshua et al. Stress-induced increase in kynurenic acid as a potential biomarker for patients with schizophrenia and distress intolerance. JAMA Psychiatry, v. 71, n. 7, p. 761–768, 2014. DOI: 10.1001/jamapsychiatry.2014.243.

JANG, J. et al. The Kynurenine Pathway and Mediating Role of Stress in Addictive Disorders: A Focus on Alcohol Use Disorder and Internet Gaming Disorder. Frontiers in Pharmacology, v. 13, 2022. DOI: 10.3389/fphar.2022.865576.

OKAMOTO, Naomichi et al. Association of Serum Kynurenine Levels and Neural Networks in Patients with First-Episode, Drug-Naïve Major Depression: A Source-Based Morphometry Study. Neuropsychiatric Disease and Treatment, v. 16, p. 2569–2577, 2020. DOI: 10.2147/NDT.S279622.

ORLIKOV, A.; RYZOV, I. Caffeine-induced anxiety and increase of Kynurenine concentration in plasma of healthy subjects: A pilot study. Biological Psychiatry, v. 29, p. 391–396, 1991. DOI: 10.1016/0006-3223(91)90225-B.

QUAGLIATO, Laiana A.; FREIRE, Rafael C.; NARDI, Antonio E. Elevated peripheral kynurenine/tryptophan ratio predicts poor short-term auditory memory in panic disorder patients. Journal of Psychiatric Research, v. 113, p. 159–164, 2019. DOI: 10.1016/j.jpsychires.2019.03.027.

SHOVESTUL, Bridget J. et al. Pilot Study Examining the Relationship of Childhood Trauma, Perceived Stress, and Medication Use to Serum Kynurenic Acid and Kynurenine Levels in Schizophrenia. Schizophrenia Bulletin, v. 43, 2017. DOI: 10.1093/SCHBUL/SBX023.062.

 
 
 

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