Como Interpretar os Resultados do EDN Fecal na Prática Clínica
- André Virtos
- Sep 18
- 2 min read
O exame EDN Fecal (Eosinophil-Derived Neurotoxin) é um biomarcador funcional da inflamação intestinal eosinofílica, útil na investigação de alergias alimentares não-IgE mediadas e outras condições inflamatórias do trato gastrointestinal.
Para uma correta aplicação clínica, é essencial compreender a interpretação dos resultados em termos de intensidade da inflamação e impacto na conduta terapêutica.
EDN Fecal: Faixas de Interpretação
Valores baixos (dentro da normalidade)→ Indicam ausência ou mínima atividade eosinofílica intestinal.→ Sugere que não há inflamação intestinal relevante associada a alergia alimentar não-IgE.→ Útil como marcador de exclusão em pacientes com queixas inespecíficas.
Valores moderados (elevação discreta a intermediária)→ Indicam presença de inflamação eosinofílica intestinal em grau leve a moderado.→ Comum em quadros de alergia alimentar tardia, proctocolite alérgica leve ou sintomas gastrointestinais funcionais com componente imune.→ Orienta estratégias de dieta de exclusão direcionada e monitoramento clínico.
Valores elevados (acima do ponto de corte clínico relevante)→ Indicam inflamação eosinofílica intestinal significativa.→ Associados a enterocolite induzida por proteínas alimentares (FPIES), doença celíaca ativa e reações alérgicas tardias graves.→ Necessitam de intervenção clínica imediata, com dietas de exclusão rigorosas, acompanhamento nutricional e, em alguns casos, suporte farmacológico.
EDN Fecal na Prática Clínica
Diagnóstico: auxilia na diferenciação entre alergias alimentares não-IgE e outras condições gastrointestinais.
Monitoramento: permite avaliar a resposta terapêutica a dietas de exclusão e reintrodução alimentar.
Personalização: orienta decisões sobre intervenções nutricionais, imunomodulação e terapias integrativas.
Conclusão
O exame EDN Fecal fornece dados objetivos para a prática clínica, permitindo identificar o grau de inflamação intestinal eosinofílica e guiar condutas personalizadas. Sua interpretação adequada fortalece a medicina baseada em evidências e evita diagnósticos incorretos associados a testes sem respaldo científico, como os de IgG alimentares.




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