Estroboloma na Menopausa
- André Virtos
- Sep 23
- 2 min read
A menopausa é caracterizada pela queda acentuada na produção ovariana de estrógenos, levando a sintomas climatéricos, alterações metabólicas e maior risco de doenças crônicas. Nesse contexto, o estroboloma — conjunto de bactérias intestinais com genes que modulam o metabolismo estrogênico — desempenha um papel crucial na manutenção da saúde da mulher.
Estroboloma e Deficiência Estrogênica
A enzima β-glucuronidase, produzida por bactérias do estroboloma, desconjuga estrógenos inativados, permitindo sua recirculação. Na menopausa:
Estroboloma equilibrado → auxilia na manutenção de níveis funcionais de estrogênio, reduzindo sintomas de deficiência.
Estroboloma disfuncional → reduz a biodisponibilidade hormonal, intensificando fogachos, insônia, irritabilidade e ressecamento vaginal.
Estroboloma e Saúde Óssea
O estrogênio é um regulador fundamental da remodelação óssea.
A deficiência estrogênica acelera a perda de massa óssea, predispondo à osteopenia e osteoporose.
O estroboloma equilibrado contribui para atenuar esse risco, ao prolongar a biodisponibilidade estrogênica.
Disbiose intestinal e redução da diversidade bacteriana comprometem esse mecanismo, agravando a fragilidade óssea.
Implicações Clínicas
A avaliação do CoproOne® Estroboloma, que quantifica a atividade da β-glucuronidase fecal, fornece dados valiosos para:
Identificar mulheres em maior risco de complicações metabólicas e ósseas na menopausa.
Direcionar estratégias de nutrição funcional, fitoterapia e suplementação com foco em saúde hormonal e intestinal.
Integrar condutas de prevenção de osteoporose e suporte ao bem-estar climatérico.
Conclusão
O estroboloma é um elo essencial entre a microbiota intestinal, a saúde hormonal e a proteção óssea na menopausa. Sua avaliação possibilita estratégias personalizadas de modulação intestinal e suporte estrogênico, reduzindo sintomas e prevenindo complicações crônicas.
Referências
Baker JM, Al-Nakkash L, Herbst-Kralovetz MM. Estrogen–gut microbiome axis: Physiological and clinical implications. Maturitas. 2017;103:45–53.
Fuhrman BJ, et al. Associations of the fecal microbiome with urinary estrogens and estrogen metabolites in postmenopausal women. J Clin Endocrinol Metab. 2014;99(12):4632–4640.
Plottel CS, Blaser MJ. Microbiome and malignancy. Cell Host Microbe. 2011;10(4):324–335.
Flores R, Shi J, Fuhrman B, et al. Fecal microbial determinants of fecal and systemic estrogens and estrogen metabolites: a cross-sectional study. J Transl Med. 2012;10:253.




Comments