Homeostase de Neurotransmissores na Urina: Como Avaliar com o NeuroStress
- André Virtos
- Sep 15
- 2 min read
A manutenção da homeostase neuroquímica é fundamental para o funcionamento do sistema nervoso central e periférico. Alterações nos níveis de neurotransmissores podem resultar em sintomas como ansiedade, depressão, insônia, fadiga crônica, alterações cognitivas e síndrome de burnout.
O exame NeuroStress® permite avaliar de forma objetiva essa homeostase por meio da dosagem de neurotransmissores urinários, oferecendo dados essenciais para o raciocínio clínico em saúde mental e medicina funcional.
NeuroStress e a Avaliação da Homeostase
O NeuroStress® dosa simultaneamente neurotransmissores excitatórios (dopamina, noradrenalina, adrenalina, glutamato e histamina) e inibitórios (serotonina e GABA). A interpretação adequada não se limita a valores absolutos, mas ao equilíbrio entre esses sistemas.
Padrões de Avaliação
Excitação excessiva: altos níveis de catecolaminas ou glutamato → indicam estresse crônico, excitotoxicidade e risco de neuroinflamação.
Inibição deficiente: baixos níveis de serotonina e GABA → associados a ansiedade, depressão e insônia.
Descompasso excitatório-inibitório: desequilíbrio relativo → pode explicar sintomas mistos como irritabilidade, fadiga e dificuldade de concentração.
Etapas Práticas de Avaliação
Coleta padronizada: realizada em papel de filtro desenvolvido especificamente para urina, garantindo estabilidade analítica.
Interpretação integrada: análise dos níveis de cada neurotransmissor em relação à função clínica esperada.
Correlação clínica: cruzamento dos achados laboratoriais com sintomas relatados e histórico do paciente.
Aplicação terapêutica: definição de condutas em psicofarmacologia, neurosuplementação, fitoterapia e estratégias de estilo de vida.
Monitoramento longitudinal: reavaliação periódica (a cada 180 dias) para acompanhar a evolução do paciente.
Conclusão
A avaliação da homeostase de neurotransmissores na urina por meio do NeuroStress® oferece uma ferramenta objetiva e funcional para a prática clínica. O exame fornece subsídios valiosos para compreender desequilíbrios neuroquímicos e direcionar condutas terapêuticas mais precisas em saúde mental, nutrição funcional e medicina integrativa.
Referências
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Krystal JH, State MW. Psychiatric disorders: diagnosis to therapy. Cell. 2014;157(1):201–214.
Miller AH, Raison CL. The role of inflammation in depression: from evolutionary imperative to modern treatment target. Nat Rev Immunol. 2016;16(1):22–34.
Holsen LM, et al. Neurotransmitters and stress-related disorders: functional insights from clinical studies. Neurosci Biobehav Rev. 2021;131:1–18.




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