NeuroStress e Saúde Mental: Da Avaliação à Intervenção Personalizada
- André Virtos
- Sep 22
- 2 min read
A saúde mental é resultado de um delicado equilíbrio neuroquímico. Alterações nos níveis de neurotransmissores estão relacionadas a condições como depressão, ansiedade, burnout e insônia, que afetam milhões de pessoas no Brasil e no mundo.
O exame NeuroStress® representa uma inovação na avaliação desses desequilíbrios, permitindo que o profissional de saúde vá além da observação clínica e tenha acesso a biomarcadores funcionais objetivos para guiar decisões terapêuticas.
NeuroStress na Avaliação da Saúde Mental
O NeuroStress® dosa neurotransmissores na urina, coletada em papel de filtro especialmente desenvolvido para esse fim. O painel abrange:
Serotonina – moduladora do humor, sono e comportamento alimentar.
Dopamina – associada a motivação, prazer e foco.
GABA – principal neurotransmissor inibitório, essencial no controle da ansiedade.
Glutamato – neurotransmissor excitatório, ligado a plasticidade neuronal e neuroinflamação.
Noradrenalina e Adrenalina – centrais na resposta ao estresse e na regulação cardiovascular.
Histamina – envolvida em processos inflamatórios, alerta e modulação do sono.
Como o NeuroStress Apoia Intervenções Personalizadas
A interpretação dos resultados permite identificar padrões funcionais específicos, integrando-os ao quadro clínico do paciente:
Depressão: baixos níveis de serotonina e dopamina, associados à perda de motivação e anedonia.
Ansiedade: desequilíbrio entre GABA e glutamato, resultando em hiperexcitação neuronal.
Burnout: hiperatividade sustentada de catecolaminas (noradrenalina/adrenalina), evidenciando sobrecarga crônica do eixo do estresse.
Insônia: deficiência em serotonina e GABA, associados à dificuldade de iniciar e manter o sono.
Com base nesses achados, é possível personalizar intervenções em psicofarmacologia, neurosuplementação, fitoterapia e estratégias de estilo de vida, otimizando a resposta clínica.
Conclusão
O NeuroStress® fortalece a integração entre diagnóstico laboratorial e prática clínica, ampliando a capacidade do profissional em oferecer tratamentos individualizados. Na saúde mental, esse exame representa uma estratégia inovadora para compreender a fisiopatologia dos transtornos e guiar condutas terapêuticas de forma mais precisa.
Referências
Dunlop BW, Nemeroff CB. The role of dopamine in the pathophysiology of depression. Arch Gen Psychiatry. 2007;64(3):327–337.
Pehrson AL, Sanchez C. Serotonergic modulation of glutamate neurotransmission as potential treatment for anxiety disorders and depression. Psychopharmacology (Berl). 2015;232(17):3473–3494.
Holsen LM, et al. Neurotransmitters and stress-related disorders: functional insights from clinical studies. Neurosci Biobehav Rev. 2021;131:1–18.
Bianchi MT. Sleep neurobiology and insomnia pathophysiology. Neuropsychiatr Dis Treat. 2010;6:445–454.




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