NeuroStress na Prática Clínica Integrativa
- André Virtos
- Sep 24
- 2 min read
A medicina integrativa busca compreender o indivíduo de forma global, considerando os aspectos biológicos, psicológicos e sociais na promoção da saúde. Nesse contexto, a avaliação da homeostase neuroquímica é uma peça-chave para personalizar condutas terapêuticas.
O exame NeuroStress® se insere nesse modelo como uma ferramenta diagnóstica inovadora, capaz de mensurar neurotransmissores urinários e fornecer dados objetivos para embasar estratégias em nutrição funcional, fitoterapia, neurosuplementação e psicoterapia.
NeuroStress e Nutrição Funcional
A análise do perfil neuroquímico auxilia o nutricionista a compreender os impactos de deficiências ou excessos de neurotransmissores na conduta alimentar. Por exemplo:
Baixa serotonina → maior propensão à compulsão por carboidratos.
Desequilíbrio dopaminérgico → redução da motivação e dificuldade em manter adesão dietética.
Excesso de catecolaminas → associado a hiperfagia compensatória em períodos de estresse.
NeuroStress e Fitoterapia
A fitoterapia pode ser direcionada de acordo com os achados laboratoriais:
Passiflora incarnata → suporte ao GABA em quadros de ansiedade.
Rhodiola rosea → moduladora da dopamina em fadiga e burnout.
Hypericum perforatum → potencial regulador da serotonina em depressão leve a moderada.
NeuroStress e Neurosuplementação
A dosagem dos neurotransmissores orienta o uso de aminoácidos precursores e cofatores vitamínicos:
Triptofano e 5-HTP → para suporte da síntese de serotonina.
L-tirosina → precursor de dopamina e catecolaminas.
Magnésio e vitamina B6 → cofatores na produção de GABA.
NeuroStress e Psicoterapia
O exame pode enriquecer a psicoterapia ao oferecer biomarcadores objetivos que auxiliam na compreensão de sintomas e comportamentos. O psicoterapeuta pode integrar os resultados para adaptar estratégias de enfrentamento, manejo de ansiedade e regulação emocional.
Conclusão
O NeuroStress® é uma ferramenta que potencializa a prática clínica integrativa, ao oferecer uma visão laboratorial precisa do funcionamento neuroquímico. Seu uso permite alinhar nutrição, fitoterapia, neurosuplementação e psicoterapia, ampliando a eficácia das intervenções personalizadas em saúde mental e funcional.
Referências
Lopresti AL. The effects of psychological and nutritional interventions on neurochemical pathways in depression and anxiety: a narrative review. Nutr Neurosci. 2019;22(7):471–487.
Sarris J, et al. Integrative mental healthcare White Paper: establishing a new paradigm through research, education, and clinical guidelines. BMC Psychiatry. 2021;21:200.
Kennedy DO. Phytochemicals for improving aspects of cognitive function and psychological state. Nutr Rev. 2014;72(9):605–619.
Bender DA. Nutritional biochemistry of the vitamins. Cambridge University Press, 2003.




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