NeuroStress®: Utilidade Clínica na Avaliação da Homeostase dos Neurotransmissores
- André Virtos
- Sep 12
- 2 min read
O funcionamento adequado do sistema nervoso depende de uma complexa rede de neurotransmissores que regulam processos fisiológicos e comportamentais fundamentais, como humor, sono, memória, foco, apetite e resposta ao estresse. Alterações nessa homeostase neuroquímica estão implicadas em condições como transtornos depressivos, ansiedade, síndrome de burnout, fadiga crônica, insônia, dor persistente e alterações cognitivas, além de transtornos alimentares e dificuldades de emagrecimento.
O exame NeuroStress® surge como uma ferramenta laboratorial inovadora que fornece dados objetivos para apoiar a prática clínica em saúde mental, neurologia, medicina integrativa e nutrição funcional.
Método de Análise dos Neurotransmissores
O NeuroStress® utiliza uma tecnologia exclusiva de coleta de urina em papel de filtro, desenvolvida especificamente para análise de neurotransmissores. Esse sistema foi desenvolvido para garantir estabilidade das amostras, praticidade na coleta domiciliar e acurácia nos resultados laboratoriais.
São analisados os principais neurotransmissores envolvidos na regulação neuroquímica:
Dopamina: motivação, recompensa e foco.
Serotonina: regulação do humor, sono e comportamento alimentar.
GABA: principal neurotransmissor inibitório, associado ao controle da ansiedade.
Glutamato: principal neurotransmissor excitatório, relacionado à plasticidade sináptica e processos cognitivos.
Histamina: envolvida na resposta inflamatória, alerta e funções gastrointestinais.
Noradrenalina e Adrenalina: catecolaminas centrais na resposta ao estresse.
Utilidade Clínica
A quantificação desses neurotransmissores permite identificar padrões de desequilíbrio excitatório-inibitório, essenciais para compreender a fisiopatologia de diversos transtornos. Entre as aplicações clínicas mais relevantes, destacam-se:
Depressão: déficit de serotonina e dopamina, associado a sintomas de anedonia, fadiga e desmotivação.
Ansiedade: desequilíbrio entre GABA (inibitório) e glutamato (excitatório).
Síndrome de Burnout: hiperatividade sustentada de noradrenalina e adrenalina.
Distúrbios do sono: alterações nos níveis de serotonina e GABA.
Neuroinflamação: excitotoxicidade mediada por glutamato.
Alterações no comportamento alimentar: moduladas por dopamina e serotonina.
Diferenciais do NeuroStress®
Método validado e padronizado, com coleta simples e estável.
Alta sensibilidade analítica para detecção de desequilíbrios neuroquímicos.
Integração com abordagens personalizadas em psicofarmacologia, fitoterapia, neurosuplementação e estratégias de estilo de vida.
Ferramenta de monitoramento clínico, permitindo avaliar a resposta terapêutica ao longo do tempo.
Conclusão
O NeuroStress® amplia o arsenal diagnóstico da prática clínica, oferecendo um biomarcador laboratorial funcional que torna possível compreender, de forma objetiva, a dinâmica neuroquímica do paciente. Sua utilização apoia condutas terapêuticas mais assertivas, alinhadas às necessidades individuais, consolidando-se como um exame de grande relevância para profissionais que atuam em saúde mental, medicina
Referências
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Holsen LM, et al. Neurotransmitters and stress-related disorders: functional insights from clinical studies. Neurosci Biobehav Rev. 2021;131:1–18.
Miller AH, Raison CL. The role of inflammation in depression: from evolutionary imperative to modern treatment target. Nat Rev Immunol. 2016;16(1):22–34.




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