O que é Estroboloma?
- André Virtos
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O estroboloma é o conjunto de genes bacterianos da microbiota intestinal responsáveis pelo metabolismo dos estrógenos. Esse grupo específico de microrganismos produz enzimas, como a β-glucuronidase, que modulam a circulação e a biodisponibilidade dos hormônios esteroides femininos.
A atividade do estroboloma influencia diretamente os níveis de estrógeno no organismo, impactando funções fisiológicas e o risco de doenças relacionadas ao desequilíbrio hormonal.
Função do Estroboloma
O estroboloma regula a recirculação entero-hepática dos estrógenos.
Quando a β-glucuronidase bacteriana está equilibrada → promove um metabolismo adequado, garantindo níveis funcionais de estrógenos.
Quando a atividade está aumentada → favorece a reabsorção excessiva de estrógenos, aumentando o risco de condições como síndrome pré-menstrual, endometriose, miomas, SOP e câncer de mama.
Quando a atividade está reduzida → pode levar a deficiência estrogênica, associada a osteoporose, sintomas climatéricos e disfunções metabólicas.
Importância Clínica
O estudo do estroboloma é fundamental na medicina funcional e integrativa, pois permite compreender a relação entre microbiota intestinal e saúde hormonal. Desequilíbrios no estroboloma podem estar associados a:
Distúrbios ginecológicos (endometriose, SOP, infertilidade).
Alterações metabólicas e síndrome metabólica.
Risco aumentado de cânceres hormônio-dependentes.
Sintomas relacionados ao climatério e menopausa.
Como Avaliar o Estroboloma
A análise laboratorial pode ser realizada por meio do exame CoproOne® Estroboloma, que quantifica a atividade da β-glucuronidase fecal. Esse exame fornece dados objetivos sobre a interação entre o microbioma intestinal e o metabolismo dos estrógenos, orientando condutas personalizadas em saúde da mulher.
Conclusão
O estroboloma representa um elo crucial entre microbiota e equilíbrio hormonal. Sua avaliação permite identificar disfunções metabólicas relacionadas aos estrógenos e abre caminho para estratégias terapêuticas integrativas, como ajustes nutricionais, modulação da microbiota, fitoterapia e suplementação personalizada.
Referências
Kwa M, Plottel CS, Blaser MJ, Adams S. The intestinal microbiome and estrogen receptor–positive female breast cancer. J Natl Cancer Inst. 2016;108(8).
Baker JM, Al-Nakkash L, Herbst-Kralovetz MM. Estrogen–gut microbiome axis: Physiological and clinical implications. Maturitas. 2017;103:45–53.
Plottel CS, Blaser MJ. Microbiome and malignancy. Cell Host Microbe. 2011;10(4):324–335.
Fuhrman BJ, Feigelson HS, Flores R, et al. Associations of the fecal microbiome with urinary estrogens and estrogen metabolites in postmenopausal women. J Clin Endocrinol Metab. 2014;99(12):4632–4640.
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