β-Glucuronidase: Por que avaliar a atividade funcional e não o perfil genético bacteriano
- André Virtos
- Nov 6
- 2 min read
A β-glucuronidase fecal é uma enzima-chave na interface entre microbiota intestinal, metabolismo hepático e regulação hormonal. Sua mensuração funcional, como realizada no CoproOne® Estroboloma, fornece um dado clínico dinâmico e aplicável — traduzindo o comportamento metabólico da microbiota sobre o eixo fígado–intestino–hormônios em tempo real.
Atividade funcional da β-glucuronidase: um marcador vivo
Diferente dos testes baseados em sequenciamento genético (PCR 16S, metagenômica shotgun), que apenas identificam a presença de DNA bacteriano, a análise funcional mede a expressão enzimática ativa no momento da coleta. Ou seja: avalia o que o metabolismo intestinal está fazendo, e não apenas o que ele poderia fazer.
Essa diferença é fundamental na prática clínica: a presença do gene da β-glucuronidase não implica sua expressão. Fatores como dieta, estresse oxidativo, uso de medicamentos, pH intestinal e inflamação da mucosa modulam intensamente sua atividade.
Por que o perfil genético é insuficiente
O sequenciamento genético fornece uma assinatura estática — “quem está presente” — mas não distingue entre genes ativos e silenciosos. Assim, dois pacientes com o mesmo perfil microbiano podem apresentar respostas metabólicas completamente distintas.
A abordagem funcional da LabRx® elimina essa incerteza ao mensurar a atividade real da enzima, oferecendo um dado clínico mensurável e correlacionável com alterações hormonais, metabólicas e inflamatórias.
CoproOne® Estroboloma: função, não especulação
O CoproOne® Estroboloma mede a atividade da β-glucuronidase fecal e permite:
Avaliar a recirculação estrogênica e a eficiência do ciclo entero-hepático.
Correlacionar resultados com manifestações hormonais e metabólicas.
Monitorar intervenções com fitoterápicos, probióticos e terapias hepáticas.
Acompanhar evolução clínica com sensibilidade e reprodutibilidade.
Em contraste, testes genéticos permanecem invariáveis frente a mudanças clínicas — são úteis em pesquisa, mas pouco informativos no acompanhamento terapêutico.
Integração com outros biomarcadores
A análise funcional da β-glucuronidase pode ser integrada a marcadores como Zonulina, Calprotectina, Lactoferrina, Histamina e IgA Secretora, compondo uma leitura completa da mucosa intestinal.Esse contexto integrado é impossível em testes baseados apenas em DNA bacteriano, que ignoram as interações fisiológicas e metabólicas do hospedeiro.
Conclusão
Avaliar a β-glucuronidase funcional é medir o metabolismo intestinal em ação — um reflexo direto da interação entre microbiota, hormônios e fígado.Enquanto o sequenciamento genético mostra apenas o potencial, o CoproOne® Estroboloma entrega o resultado clínico real, mensurável e com impacto terapêutico direto.
Referências

VIRTOS, André Ribeiro; SUGIYAMA, Mitiko; VIRTOS JR., Odair Casado. Estroboloma: A β-glucuronidase intestinal como elo entre microbiota, hormônios e saúde da mulher. 2025.
Wallace BD, Redinbo MR. The human microbiome and its β-glucuronidases: translating chemistry to biology. Drug Metab Dispos. 2013;41(9):1593–1602.
Selwyn FP, Cheng SL, Klaassen CD. Regulation of intestinal β-glucuronidase activity by the gut microbiome. Toxicol Sci. 2016;150(2):408–417.
LabRx®. CoproOne® Estroboloma – Avaliação funcional da β-glucuronidase fecal. Brochura Técnica LabRx, 2025.

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